sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capitulo 5 (parte V)

Olá! :)
Deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem os vossos comentários :D

Beijinhos*
Mónica

(Tomás)

Depois de eu ter tropeçado, estupidamente, pois conheço os cantos à casa de olhos fechados, eu e a Catarina caímos em cima do sofá. Tivemos de rir baixinho para não acordar a minha mãe. Não consegui deixar de reparar que o seu riso, por mais baixo que fosse, era bonito. E não consegui deixar de pensar nela. Ela, que estava deitada em cima de mim e que ria com certa graciosidade. O meu desejo era continuar ali, com o seu corpo contra o meu, a sentir as ondas de riso que a percorriam e me eram também transmitidas, mas, para além de não ser muito aconselhável, visto que a minha mãe estava em casa e podia acordar a qualquer momento, eu queria mesmo ir ver o que é que ela tinha para mim.

-Desculpa amor, foi sem querer – desculpei-me, sussurrando.

-Oh, não faz mal. Até teve a sua piada – sussurrou também.

-Bem, vamos subir então. E desta vez tenho de ter mais cuidado, porque para a próxima quem nos ampara é o chão!

-Sim, vamos.

Levantámo-nos do sofá e lá fomos dar às escadas, subindo-as até ao meu quarto. Abrimos a porta ainda a rir por causa da queda. Ela dirigiu-se logo à sua mochila. Abriu-a e retirou de lá uma pequena bolsinha, que abriu e me estendeu.

-Toma – disse-me.

-O que é isto?

-É para ti – sorriu.

De dentro da pequena bolsa retirei um fio de prata com uma aliança também ela de prata. Olhei melhor e vi que havia uma pequena inscrição. Amo-te para sempre.

-É lindo amor – disse-lhe, sentindo as lágrimas picarem-me os olhos.

-Era da minha mãe. Ela deu-mo antes de falecer.

-Mas, então eu, eu não posso aceitar. Foi ela que to deu, é teu, é uma recordação dela. Ainda por cima com uma inscrição destas… Tem demasiado valor sentimental. É uma coisa só tua, amor. – Estava abismado. Era a coisa mais bonita que alguma vez me quiseram dar, ainda para mais tendo tanto valor sentimental quanto tinha. Eu não conseguia aceitar algo que era uma das poucas recordações matérias que a Catarina tinha da mãe…

-É por ser tão importante e por significar tanto para mim que to quero dar. Tu és muito importante para mim. E, tu sabes, estamos fartos de dizer, isto é muito recente, ainda estamos no inicio da relação, mas apesar das três semanas que nos conhecemos, das duas que namoramos, o que nós temos já significa muito para mim e sinto que quero isto para sempre. – Os seus olhos também espelhavam as lágrimas presas. Não consegui evitar e as lágrimas correram-me pela cara. Pousei as coisas junto da sua mochila e pus-me de joelhos à sua frente para alcançar a sua cara. Pousei as minhas mãos, uma em cada uma das suas faces, e juntei os meus lábios aos seus. Sentia-me tão… lisonjeado. Tudo aquilo era mais uma motivação para eu querer tudo o que tínhamos e o que iriamos ter. Queria-o para sempre. Ela abraçou-me e corresponde inteiramente ao beijo.
Todo aquele momento emotivo de sentimentos fortes e desejo de prosseguir com esta relação levou-nos a intensificar cada vez mais os beijos, deixando-nos levar pelo sentimento. Nunca tinha tido um protótipo de rapariga ideal. Se gostasse de alguém, com certeza seria sobretudo a sua personalidade a cativar-me, deixando uma pequena percentagem para os aspeto físico. No entanto, com a Catarina, tinha adquirido o meu protótipo: baixinha, morena, de olhos verdes, cabelo castanho e um sorriso genuíno. E nem que aparecessem vinte ou mais raparigas com tais características eu iria trocá-la. O meu coração começou a bater descompassadamente. O calor apoderou-se do meu corpo e de repente senti-me a ferver. O seu beijo quente e o contacto cada vez maior entre os nossos corpos, cada vez mais embaraçados, me deixava mais sequioso dela.
 
 Calma e timidamente, comecei a percorrer o seu corpo com uma das minhas mãos. Senti os seus braços por cima da roupa. Eram graciosos. Mas melhor do que vê-los era poder tocá-los como agora eu fazia. Ela tinha embrenhado os dedos no meu cabelo, passando várias vezes as mãos pela minha nuca, causando-me ainda mais arrepios. O coração guiava-nos. Sentia-me demasiado quente, por isso despi a camisola. Não era o suficiente, mas aliviou um pouco. Em seguida, aos poucos, introduzi as minhas mãos em baixo da sua camisola, tocando diretamente a sua pele. Suave. E também fervia. Os beijos controlavam mal a nossa respiração, mas nem por isso parávamos. Pelo contrário, a intensidade era cada vez maior, fazendo assim o ar rarear mais e mais. Num ápice a sua camisola também foi retirada. Só que, de repente, tudo parou, e aí tomei perceção dos nossos atos.

-Desculpa, eu, estava a deixar-me levar… - desculpei-me rapidamente, sentando-me ao seu lado na cama, ao invés de o meu corpo estar colado em cima do seu como há segundos atrás.

-Estávamos os dois… - concordou, sentindo-se um pouco envergonhada.

-Podemos esquecer isto se quiseres… Não devíamos ter ido tão rápido… - propus.

-Eu não quero esquecer.

-Não?

-Não. Apesar de termos ido tão rápido assim, eu senti-me segura contigo.

-Sentiste?

-Senti – olhou para mim e segurou as minhas mãos. – Amor, eu adoro-te, é contigo que quero estar. Sinto-me segura contigo em qualquer altura, em qualquer lugar, em qualquer situação.

-É muito bom ouvir isso. Muito bom mesmo, meu amor – sorri. Ela sorriu de volta e sentou-se ao meu colo, dando-me um beijo.
 
 Passamos alguns minutos a trocar sorrisos e pequenos carinhos, mas entretanto fomos vestir os pijamas porque o sono já nos chegava.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Capitulo 5 (parte IV)


Olá! :)
Bem, deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem a vossa opinião! :D
 
Beijinhos*
Mónica


(Catarina)

-Prepara-te – aconselhou-me o Tomás, após termos chegado a um local, que a partir do momento que ele tinha dito ‘’prepara-te’’, me assustava.

-Para quê? – perguntei, a medo.

-Vamos descer e subir isto tudo. De mota.

-O quê?! – perguntei, atónita. – Vamos, vais, va… O quê?

-Ouviste bem, sim.

-Estás maluco, Tomás! Então, tu sabes que já com os percursos mais direitinhos e pequeninos eu já tenho medo, quanto mais fazer isto! Isso é que eu não faço! – larguei-me dele e, supostamente, ia sair da mota, mas ele puxou o meu braço e envolveu-o em redor do seu tronco, firmemente.

-Oh Catarina, não fujas, vá lá! Estás comigo não estás?

-Estou, mas…

-Mas nada. Tu sabes que comigo estás segura.

-Espero bem que sim, Tomás Miguel! Ai se acontecer alguma coisa…!

-Vai tudo correr bem, meu amor! – sorriu.

Aconcheguei-me mais ao seu corpo e aumentei ligeiramente a força do abraço que o envolvia.

-Se ficares sem ossos ou sem tímpanos, culpa-te apenas a ti! – alertei, fechando os olhos.

-Responsabilizar-me-ei por todos os danos físicos e psicológicos que te causar, mas agora descontrai e aproveita! – sorriu.

Abri os olhos e a ‘’viagem’’ começou.

Quando dei por mim, já brotavam da minha boca alguns gritos que não consegui guardar. Aquilo estava a assustar-me tanto! O medo  que tinha de andar de mota tinha começado a diminuir desde que andava de mota com o Tomás, ou seja, há três semanas tinha começado a andar de mota, coisa que nunca desejei, e bom, até tinha sido uma boa experiência, apesar de só conseguir andar de mota com ele, mas esta noite ia acabar comigo. Com certeza. Parámos no cimo de uma subida, ainda com a mota a trabalhar. A minha respiração estava completamente ofegante, tinha o estômago colado às costas, estava a tremer bastante, e estava completamente colada às costas do Tomás, a agarrar-me com bastante força, contudo ele não se queixava.

-Catarina – pronunciou o meu nome.

-Hm…?

-Estes gritos, os apertões que me estás a dar e tudo o que estás a sentir, vão tornar-se parte do passado, porque a partir desta noite, podes dizer adeus ao medo de andar de mota.

-Achas mesmo? – perguntei, com a voz ainda a tremer.

-Tenho a certeza!

-Oh Tomás, mas eu não! Estou farta de gritar e tenho o estômago colado às costas e daqui a nada caio para o lado! Isto não é o que me vai tirar o este medo! – Ele tirou o capacete e tirou-me o meu.

-Ouve amor, primeiro, não vomites, por favor, - conseguiu faz-me soltar uma pequena gargalhada – segundo, tens razão, não é isto que vai tirar-te o medo. O que te vai tirar o medo é fechares os olhos, respirar fundo, não pensar no que estás a fazer. Sente apenas o vento a bater contra o teu corpo. A velocidade faz-te sentir como se voasses. Vais sentir-te mais livre e segura, mais confiante, e vais esquecer tudo. Vais ter a tua mente vazia e calma para poderes disfrutar esta sensação espetacular! – Tentou motivar-me com tal entusiasmo que por momentos julguei sentir a paz interior de que ele falava, sentindo coragem para a nova ‘’viagem’’, mas de uma maneira completamente diferente.

-Achas que vai resultar comigo? – perguntei, procurando um último estímulo de confiança.

-Faz o que eu te disse. Vais ver como resulta – sorriu, dando-me um pequeno beijo antes de voltarmos a colocar os capacetes. Ele pegou nos meus braços e voltou a envolver o seu corpo com eles, transmitindo-me ao mesmo tempo uma onda de calor fantástica. – Preparada?

-Sim, acho que sim…

-Achas que sim? – comentou ele, com uma voz inquisidora.

-Está bem, tenho a certeza! Mas vamos lá, porque senão perco a paz de espírito e já não volto a andar aqui contigo!

Ele riu-se e arrancou novamente a grade velocidade. Desta vez concentrei-me. Fechei os olhos e foquei-me, respirei fundo, atingi a calma e conduzi-me pelo vento que embatia no meu corpo. Era realmente uma sensação fantástica… Parecia que estava a voar… Senti a liberdade preencher-me… Livre, leve e solta…

De repente parámos.

-Então? – perguntei, meio desiludida com o tão pouco tempo que tinha tido de liberdade. Tinha sido tão pouco…

-Então pergunto eu. Como é que foi desta vez?

-Sabes, aquilo que tu me disseste? Ajudou-me muito!

-Pois, acredito, já não gritaste desta vez! – riu.

-Estou a falar a sério! A sensação fantástica também quer ter alguma coisa comigo – ri.

-Ainda bem. Agora queres ir dar uma voltinha sozinha? – sorriu.

-Não! Sozinha não ando!

-Ahaha! Está bem, vá, por hoje já chega de emoções fortes em cima desta menina. Mas qualquer dia ensino-te e vais dar uma voltinha sozinha!

-Isso depois logo se vê!

-Está bem. Bem, queres ir para casa?

-Já não tens mais surpresas, pois não?

-Não amor, não tenho. Mas, gostaste desta noite?

-Sim, gostei, mas a noite ainda não acabou.

-Então, vais fazer-me alguma surpresa, agora?

Entretanto já estávamos quase a chegar à porta de casa dele.

-Não é que mereças assim muito, mas sim, tenho uma coisa para ti lá dentro.

-Uma coisa para mim? O que é? – perguntou, enquanto tirávamos os capacetes e saíamos da mota.

-Já vês, já estamos à porta de casa, por isso não demora muito.

-Oh, diz lá!

-Calma, já lá chegamos acima.

-Mas eu quero saber já o que é! – pedinchou, envolvendo a minha cintura com o seu braço.

-Não! – ri.

-Fogo…

-Vá, abre lá a porta para te matar a curiosidade!

Ele abriu a porta de entrada tentando não fazer barulho para não acordar a D.Francisca, mantendo assim as luzes apagadas. O Tomás ia à frente, aos apalpões às coisas, enquanto eu o seguia, devagar, ao mesmo tempo que segurava a sua mão. Estávamos a passar na sala, quando de repente, senti o Tomás ir contra alguma coisa, caindo seguidamente, e portanto também eu caí. Tínhamos caído em cima do sofá. Fizemos um esforço tremendo para não nos desmancharmos em enormes gargalhadas, por isso começámos a rir baixinho.
 
Senti a sua respiração na minha cara, bem perto de mim, o que me transmitiu uma sensação inexplicavelmente boa, que me fez tremer todo o coração… De longe, eu conseguia dizer que era ele por quem eu tinha esperado… A espera valeu a pena, porque neste momento, não queria mais ninguém…
 
Será que a noite termina aqui?

 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sondagem!

Olá! :)
Bem, ainda não venho com um novo capitulo, mas esse estará para breve, prometo!
Venho aqui agora para pedir-vos que respondam à sondagem que tenho em ambas as fics, por favor. Não é uma pergunta muito relevante, mas desde que começei as duas ficas que tenho curiosidade em saber qual delas gostam mais de ler, e por isso deixei esta pergunta!
Se quiserem, podem também comentar este ''pedido'', dizendo as razões pelas quais mais gostam de ler a fic que votarem!

Obrigada pela atenção, e espero as vossas respostas! :D

Beijinhos*
Mónica

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Capitulo 5 (parte III)

Olá! :D
Deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem os vossos comentários! :D

Beijinhos*
Mónica


(Tomás)

Saímos de casa, pusemos os capacetes e subimos para a mota seguindo para o McDonald's junto da nossa escola. Após termos feito os pedidos e nos terem entregue os mesmos fomos para as mesas. Fomos para uma das mesas ao lado da porta. A mesma em que ficámos quando lá fomos os dois almoçar a primeira vez.

-É a mesma mesa... - começou com um sorriso.

-Sim, eu lembro-me - sorri.

-E lembraste daquela vez que almoçámos no refeitório e apareceu lá uma amiga tua? - riu.

-Lembro! A Cátia! Meu Deus, essa miúda! - ri também. - Sabes que ela e a Sara se afastaram de mim? Depois de nos terem visto juntos, afastaram-se.

-A sério? Então isso é bom! - sorriu.

-É. Agora que vêem que tenho namorada deixaram de se empurrar umas às outras para cima de mim!

-Ahaha! Então e depois quando eu já cá não estiver e tu passares a andar sem a namorada ao lado? Vão pensar que estás solteiro outra vez! E depois?

-E depois nada. Não passas o dia na escola comigo mas continuas a ser a minha namorada. Não é por não estares tão perto que vou dizer que estou solteiro, para elas virem chatear-me novamente!

-Oh, tão fofinho o meu namorado! - riu, após nos levantarmos da mesa para arrumarmos os tabuleiros e irmos embora.

-Nem tu viste metade! - ri também.

-Não vi mas olha que quero ver!

-E podes crer que vais ver, amor - sorri docemente. Senti-a estremecer muito levemente e fixar o seu olhar no meu. Em seguida mostrou-me um sorriso algo tímido e deu-me um beijo.

-Sempre que te apetecer, sente-te à vontade para me mostrares o quão fofinho consegues ser!

-Não te preocupes que não vou coeber-me vez nenhuma! O que me apetecer fazer, faço, mesmo que depois te apeteça esconder! - ri.

-Eh, também tem lá calminha com o que fazes, hã!

-Ahaha! Podes ficar descansada amor. Comigo estás segura - sorri ternamente, após termos chegado junto da mota. Notei que mais uma vez ela estremeceu.

-Hm, eu sei - sorriu.

-Amor, - voltou a estremecer. Talvez o facto de tratá-la assim fizesse com que isso acontecesse... - porque é que estremeces sempre que te chamo assim? Não gostas?

-Não, não é nada disso! É que, sei lá, não estou habituada. Nunca me trataram assim...

-Mas, incomoda-te?

-Não, não incomoda nada! Estes arrepios são bons, sabe bem quando te oiço chamar-me assim...

-Então vou tratar-te assim muitas vezes! - sorri abraçando-a.
 
 Dois minutos depois separei os nossos corpos deste abraço tão confortante mas uni logo os nossos lábios num beijo suave mas também ele reconfortante, para o seu coração sensível e para o meu coração sonhador. Após trocarmos um pequeno sorriso colocámos os capacetes e voltámos a subir para a mota.

-Então e agora, onde é que vamos? – perguntou, abraçando-se a mim.

-Ahaha, olha a surpresa! – respondi, ligando a mota.

-Oh.

-Surpresa é surpresa, meu amor! – voltei a sorrir.

-Está bem, Sr. Chatinho, vamos lá embora, então! – riu. Voltei a sorrir e iniciei caminho enquanto pensava no próximo destino, onde a minha ideia inicial iria ser posta em prática. Não demorámos muito a lá chegar. Era um canto recatado, cheio de árvores. Fomos sentar-nos num banco de jardim que lá havia. A iluminação consistia apenas na lua cheia que acompanhava as estrelas nesta noite de final de Primavera. – Tão lindo!- sorriu, referindo-se ao local onde estávamos, enquanto eu a abraçava por trás encostando-a ao meu peito.

-Mais bonito que tu, não é de certeza! – sorri também, dando-lhe um beijo na cara.

-Oh, tontinho. – Eu sorri e aconcheguei o meu queixo no seu ombro, passando antes com a ponta do nariz no seu pescoço deixando aí um pequeno beijo. Ela arrepiou-se. – Mas a sério, é mesmo bonito, este cantinho.

-E eu também estava a falar a sério quando disse que mais bonito que tu não é. Tu és linda!

-Oh pá! Importas-te? Já não posso com tantos elogios! – corou.

-Oh, tão querida – sorri. – Aguentas-te porque isso não é nada! Vou passar a vida a dizer-te o que sinto, e a maior parte vai incluir elogios, meu amor! – Ela voltou a corar.
 
 

-Então e viemos aqui fazer alguma em especial? – perguntou, tentando não voltar ao assunto anterior, pois sabia que não teria resposta.

-Não, aqui não. Aqui viemos só aproveitar a noite e estar os dois assim um bocadinho mais sozinhos.

-Ah, está bem.

Eu sorri beijando em seguida o seu pescoço. Senti um arrepio passar-lhe pela pele e sorri.
 
 Ela virou-se para mim e levou rapidamente a sua boca à minha, originando com esse beijo uma ligeira falta de ar que surgiu após as nossas bocas estarem já separadas a escassos centímetros. Senti a sua respiração quente embater na parte de cima do meu peito, junto do pescoço, que se encontrava descoberto devido ao decote em V da minha t-shirt, e logo o calor assumou ao meu corpo. Ela manteve a cabeça baixa, mirando o estampado da minha t-shirt. Inclinei o seu queixo para cima, de forma a contactar com os meus olhos o seu olhar. Brilhavam mais que a lua. Brilhavam tanto. Brilhavam por mim, tal como o reflexo da lua deveria transmitir em tudo o que a refletisse que os meus olhos ganham fogo por ela.

-Catarina – chamei. Ela continuou com o olhar preso em mim, à espera do que eu ia dizer. – Nós já estamos juntos há duas semanas, conhecemo-nos há três, mas eu já passei a fase do ‘’gosto muito de ti’’. Eu estava nessa fase quando te conheci. Sabes aquela sensação de simplesmente veres uma pessoa e gostar logo dela, mesmo sem a conheceres? Foi isso que me aconteceu. Gostei muito de ti assim que te conheci. Mas agora eu já gosto mais de ti do que o ‘’gosto muito de ti’’. Agora eu Adoro-te.

-O que aconteceu contigo, aconteceu comigo. Eu também te adoro, Tomás.

Todas estas palavras foram sinceras e foram ditas com uma seriedade estrondosa, eu se denotou pela intensidade dos nossos olhares e pela calorosidade das nossas vozes, que transmitiam segurança e certeza. Após mais uns minutos de prescrutamento do olhar um do outro, juntámo-nos calmamente num novo beijo. Com certeza o melhor beijo da minha vida.
 
Foi tão calmo quanto a pressa que tínhamos de nos separar, tão delineado e explorado com um fervor calmo e suave como uma brisa. Mas acima de tudo, expôs a calma com que pretendemos levar a relação e prontificou os sentimentos de tão curto tempo mas de enorme intensidade que nos preenchem o coração.

-Bem, vamos lá ao grande momento preparado para esta noite! – disse eu, após termos ficado alguns mitos envolvidos num enorme abraço.

-Ainda há mais? – perguntou surpreendida.
-Claro que há! Anda, vamos para a mota! – Levantámo-nos do banco e pegamos nos nossos capacetes, que estavam igualmente em cima do banco. Chegámos junto da mota, colocamos os capacetes e subimos para cima da mota logo em seguida. Andámos pouco. Parei a mota, não a desligando, em frente de umas enormes descidas e subidas de um caminho de terra
batida. Tinha descoberto o caminho há pouco tempo e tinha achado quer era um bom local para pôr a minha ideia em prática.
Qual será o plano do Tomás? Como correrá?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Capitulo 5 (parte II)


Olá!
Bem, quero pedir imensas desculpas por não publicar há imenso tempo, mas o meu computador avariou e só agora é que foi arranjado, e não consegui arranjar nenhuma oportunidade para publicar! Desculpem! Mas bom, deixo-vos aqui, finalmente, mais um capitulo! Espero que gostem, que deixem os vossos comentários, mas acima de tudo, espero que não tenham desistido das minhas fics, e agradecer-vos por todos os comentários e todo o apoio!

Beijinhos*
Mónica

(Catarina)

-Amanhã já tenho um programapara nós.
-E qual é? - perguntei curiosa.
-Surpresa! Amanhã logo vês!
-Oh...
Enquanto iamos para casa dele, fechei os olhos, enquanto estava encostada a ele, e fui-me embrenhando nos meus pensamentos... O meu tempo aqui estava a chegar ao fim... Tinha o resto do mês para estudar e fazer os exames e o inicio do outro mês até sairem os resultados dos exames... Se passasse na primeira fase, esperaria mais uns dois ou três dias e ir-me-ia embora. Agora tinha ainda mais razões para não querer realmente ir-me embora, mas as razões que me levaram a decidir mudar-me daqui pesavam deasiado todos os dias nas minhas costas... A razão era simplesmente a mulher com quem o meu pai está. Nunca nos demos bem desde que vim viver com eles e o ambiente foi sempre piorando até chegar a tornar a minha vida num inferno e ter-me feito até mudar a minha personalidade. Mas, para meu descanso e felicidade ela tinha aproveitado o resto da baixa que tinha metido e a junção das suas férias e tinha ido passar férias ao Algarve com umas amigas que a tinham convidado. O meu pai só não foi  porque não quis deixar-me sozinha e não queria que eu me fosse embora sem ele se despedir de mim, visto que as tais férias só terminavam no final de Agosto. Era bom para mim ela não cá estar agora, caso contrário não iria conseguir manter a mente sã para estudar e muito menos poderia estar com o Tomás este fim-de-semana. O meu pai nunca teve, nem terá, conhecimento da vida que eu levava por causa dela, pois, geralmente, chegava tarde a casa do trabalho e quando ele estava em casa ela tinha atitudes completamente diferentes para comigo. Sim, podia ter falado com ele, e não duvido que fosse pensar que eu estava a inventar tudo, porque ele acredita em mim e sabe que não ia preocupá-lo com mentiras ou invenções, mas eu tinha medo das ameaças dela...
-Catarina! - chamou-me. Abri os olhos. - Chegámos. - Constatei que a mota já estava parada à porta de sua casa. Soltei-me dele e saí da mota, tirando o capacete quando os meus pés já acentavam no chão. Ele tirou o capacete e saiu da mota. - Ao menos já não sais a tremer! - comentou com um sorriso.
-Já não saio a tremer? De onde? - perguntei, ainda meio à parte.
-Da mota. Já consegues sair de lá sem tremer.
-Ah, pois, se calhar...
-O que é que tens? Estás um bocado apreensiva, e eu não sei se devo gostar disso - perguntou-me, chegando-se para mais perto de mim.
-Só estava a pensar...
-A pensar? Em quê? - interrogou novamente em tom calmo. Suspirei.
-Falta muito pouco tempo para me ir embora...
Ele revirou os olhos e segurou-me pela cintura, deixando um espaço mínimo entre os nossos corpos.
-Não penses nisso agora, está bem? - Eu limitei-me a olhá-lo. - Está bem? - voltou a insistir.
-Está bem! - acabei por ceder, sorrindo. Ele deu-me um leve beijo.
-Vais esquecer isso e vamos aproveitar o fim-de-semana, sim? - Eu sorri. - E olha, afinal vamos começar já hoje a aproveitar! - sorriu.
-A esta hora?
-Sim!
-Mas entretanto vai anoitecer.
-E então? Nunca ouviste dizer que que as melhores aventuras se vivem no escuro da noite?
-Sinceramente, não - respondi, acenando negativamente com a cabeça.
-Pois, se calhar não porque fui eu que disse agora, mas pronto, é verdade na mesma!
Não consegui evitar uma gargalhada. Ele sorriu.
-És tão parvinho! - ri.
-A sério? Porque é que eu tenho a sensação que alguém se farta de me dizer isso? - gozou com um ligeiro sorriso. Voltei a rir. Em seguida entrámos em casa dele. Encontrámos a D.Francisca na sala.
-Olá mãe! - cumprimentou-a, dando-lhe um beijo na testa.
-Boa tarde - cumprimentei eu com um sorriso. O Tomás não me tinha largado a mão e parecia não fazer tenções disso a não ser que fosse estritamente necessário, pois colocava alguma pressão, apesar de suave e de transmitir segurança, no acto.
-Olá Catarina! Estás boa? - perguntou-me a D.Francisca a sorrir enquanto se levantava do sofá para me dar dois beijinhos.
-Estou - sorri de volta.
-Oh mãe, lembraste de te ter falado acerca daquela proposta que fiz à Catarina, para ela passar cá o fim-de-semana? - perguntou ele super sorridente.
-Deixa-me adivinhar: ela aceitou! - riu a D.Francisca.
-Aceitou! Mas não te preocupes, desta vez quem sai somos nós! E é já daqui a pouco!
-Já? - perguntei surpreendida.
-Sim. Mas, nós não jantamos em casa, hoje. Vamos só lá acima ao meu quarto deixar a mochila dela e vamos sair.
-De certeza que não querem jantar cá, filho?
-Sim mãe, eu já tenho planos!

(Tomás)

Quando a Catarina constatou que faltava realmente pouco tempo até ela se ir embora a tristeza assolou a minha alma. Mas rapidamente tentei desviar esses pensamentos. Eu também não queria pensar nisso...
-Não penses nisso agora, está bem? - pedi, diminuindo mais o espaço entre os nossos corpos. Ela limitou-se a olhar para mim, por isso voltei a insistir. - Está bem?
-Está bem! - respondeu sorrindo. Beijei-a ao de leve.
-Vais esquecer isso e vamos aproveitar o fim-de-semana, sim? - Ela sorriu como uma resposta afirmativa. - E olha, afinal vamos começar já hoje a aproveitar! - decidi.
-A esta hora?
-Sim!
-Mas entretanto vai anoitecer.
-E então? Nunca ouviste dizer que as melhores aventuras se vivem no escuro da noite? - a dizer isto, algo inventado na hora, tive uma ideia. Uma excelente ideia. Ia ser uma noite muito bem aproveitada...
-Sinceramente, não.
-Pois, se calhar não porque fui eu que disse agora, mas pronto, é verdade na mesma!
Ela gargalhou.
-És tão parvinho! - riu.
-A sério? Porque é que eu tenho a sensanção que alguém se farta me dizer isso? - brinquei, sorrindo ligeiramente.
Em seguida entrámos em casa. Encontrámos a minha mãe na sala e fomos cumprimentá-la.
-Oh mãe, lembras-te de te ter falado acerca daquela poposta que fiz à Catarina, para ela passar cá o fim-de-semana? - perguntei com um grande sorriso, enquanto segurava firmemente a mão da Catarina. Não queria separar-me dela.
-Deixa-me adivinhar: ela aceitou! - riu a minha mãe, após reparar de relançe a firmeza da minha mão e da Catarina juntas.
-Aceitou! Mas não te preocupes, desta vez quem sai somos nós! E é já daqui a pouco!
-Já? - perguntou a Cartarina, surpreendida?
-Sim. Mãe, nós não jantamos em casa, hoje. Vamos só lá acima ao meu quarto deixar a mochila dela e vamos sair.
-De certeza que não queremjantar cá, filho?
-Sim mãe, eu já tenho planos - respondi encaminhando-me, e consequentemente à Catarina, para o andar de cima.
-Posso saber quais são esses teus planos? - perguntou-me, pousando a mochila em cima da minha cama.
-Não. É surpresa - sorri. Ela fez uma careta de desagrado. - Vá, pronto, posso dizer-te que agora vamos jantar ao McDonald's!
-Oh! Tinhamos mesmo de ir ao McDonald's, não é? - acabou por rir.
-Claro! É o nosso sítio especial para refeições! - ri, ironizando, mas apesar da ironia, as minhas palavras até tinham uma certa verdade entre si, pois desde que nos conhecemos até termos começado a namorar, e até mesmo agora, era o lugar que muitas vezes escolhiamos. Ela gargalhou.
-Vamos já embora, é? - perguntou, indo ter comigo à porta do quarto.
-Vamos - respondi.Ela ia virar-se para sair do quarto, mas eu segurei a sua mão, entrelaçei os nossos dedos e puxei-a pela cintura de encontro ao meu corpo.



 Fiquei a olhá-la.
-Então? - perguntou.
-Quero um beijo - pedi. Ela sorriu ligeiramente e juntou os seus lábios aos meus.
-Então e agora, vamos? - perguntou, depois de o beijo ter terminado e nos termos ficado a olhar por uns dois minutos.
-Vamos - sorri. Descemos as escadas e passámos novamente pela sala ao encontro da minha mãe. - Mãe, nós vamos embora - avisei-a, dando-lhe um beijo na testa.
-Está bem, vão lá e divirtam-se.
-Podes ter a certeza que vamos divertir-nos! - sorri. - E olha, não esperes por nós porque devemos chegar tarde, mas não te preocupes que ficamos bem.
-Espero bem que tenhas juízo, Tomás Miguel. Olha que não quero confusões.
-Ai Dona Francisca até parece que não sabe como é que eu sou!
-Sei, mas nunca é demais dizer.
-Está bem, mas sabes bem que não sou de arranjar confusões.
-Eu sei. Mas vá, vão lá embora então!
-Até amanhã, mãe - dei-lhe um beijo na testa.
-Até amanhã - disse a Catarina, seguindo-se a minha mãe com a mesma resposta.



E agora, como será que vai correr a noite?